Discussões e Comportamento  //  17.10.2016

Bate-papo com a Miss Rondônia, Mariana Theol

Oi oi, amorxs! O post de hoje é uma entrevista mais que especial com a Miss Rondônia: Mariana Theol Denny Alves, de apenas 19 anos [pasmem]. A gata é natural de Porto Velho / RO e participou da disputa pelo título de Miss Brasil Be Emotion 2016. Conversamos sobre beleza, transição, Miss Brasil e muito mais. Confira:

1. Como começou a sua carreira e como chegou até à competição pelo título de Miss Brasil?
O mundo da passarela nunca foi o meu verdadeiro foco, depois de muito me chamarem resolvi aos 19 anos aceitar o convite. Eu cheguei ao Miss Brasil devido a ajuda e participação de diversas pessoas, as que me incentivaram e as que me ajudaram, de alguma forma para que Rondônia fosse ao miss Brasil.
Tudo começou em um jogo de basquete onde uma amiga minha da Agência me chamou p desfilar, e de repente, fui parar no miss Rondônia, onde acabei ganhando e tive que encarar o miss Brasil logo de cara kk.

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2. Quais os seus maiores medos durante a competição?
Por nunca ter participado de um concurso de beleza, as dificuldades foram muitas, mas eu encarei o miss Rondônia como uma oportunidade de poder representar e mostrar a beleza negra. Não sendo desse mundo, tive medo como toda iniciante, medo de não saber lidar com as situações, ficava perdida em alguns momentos, mas sempre tive ajuda das pessoas certas.

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3. Sempre usou o cabelo natural ou já passou por transição capilar? Se já tiver passado, fale um pouco da vivência
Estou usando o cabelo natural só agora, passei pelo processo de transição por 10 meses. Comecei alisando aos 8 anos, com uma química mais fraquinha, passei 10 anos alisando o cabelo.
Tentei 3 vezes entrar na transição e nas duas primeiras vezes foi tentativa frustrada, e finalmente na terceira tentativa deu certo. Foi um período muito difícil, me sentia feia, não me reconhecia mais, e evitava sair de sair. Porém aprendi muito com tudo isso, aprendi a amar e cuida do meu cabelo e realmente me aceitei como um verdadeira cacheada.
Eu decidi cortar pois não aguentava mais a química, estava detonando meu cabelo.
Minha idéia inicial era passar 2 anos deixando o cabelo crescer, e com 10 meses eu acordei um belo dia e resolvi mudar, chamei minha irmã e pedi pra ela passar a tesoura. No começo foi um susto, mas hoje eu me arrependo de não ter cortado antes.

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4. Já vivenciou casos de racismo, discriminação em relação ao cabelo ou algo vinculado? Se estiver à vontade com isso, relate um caso
Acredito que muitas meninas que resolveram alisar o cabelo quando crianças, sofreram algum tipo de discriminação. Os meninos e as meninas da escola ficavam com brincadeiras desagradáveis e aquilo me incomodava muito, por isso resolvi alisar.

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5. Qual mensagem você gostaria de deixar para mulheres negras e de cabelo cacheado ou crespo que ainda duvidam da sua própria beleza?
Descubra a mulher linda que vive dentro de vc. Sou prova real disso, com o meu cabelo natural, me sinto mais livre, liberta, feliz e acima de tudo me encontrei. Só me arrependo de uma coisa, não ter feito a transição antes.

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Então foi isso, meus amorxs! Eu espero que vocês tenham gostado dessa participação mais que especial <3 Que tenham se sentido representadxs pelas perguntas e respostas. Se você quer ficar por dentro de tudo que rola no TIPO4 siga as nossas redes sociais:

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Um beeeeeeeeeijxs e até a próxima :*

Joicy Eleiny
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